*11º ano* - "Hotel Memória" - João Tordo

*11º ano* - "Hotel Memória" - João Tordo

Primeira Impressão de Leitura

Bem, começo por dizer que estou a achar o livro fantástico. Na verdade, consegui hoje mesmo um exemplar na biblioteca e a partir do momento que o comecei a ler, não o larguei até agora! (E só o larguei antes do final porque já está a ficar tarde e tenho de ter uma primeira impressão escrita até amanhã...)

Estou na página 74, exatamente no final do primeiro capítulo. (Achei que seria uma boa altura para pensar no balanço do livro e fazer uma pausa). Como já devem ter reparado, eu considero que este livro prende muito o leitor. A história é mesmo propícia a isso - envolta de mistérios, enigmas, intrigas e pistas que vão sendo deixadas aqui e ali, que nos deixam inquietos e empolgados, com vontade de devorar o livro de uma vez só e descobrir o que se vai passar a seguir. Confesso que também terei alguma culpa de tanta excitação, porque gosto muito de ler, e sei que nem todas as pessoas achariam este livro empolgante se o lessem...

Para já, penso ter descoberto o porquê da morte de Kim: o problema de sonâmbolismo e o facto de Ismael se ter esquecido de trancar a porta de dupla fechadura... No entanto, ainda tenho esperança que haja uma reviravolta na obra e que eu me surpreenda muito. Por exemplo, quase de certeza que o homem alto e forte que estava no funeral de Kim e no restaurante Kim's no dia 4 de Julho está relacionado com a morte de Kim... E afinal, qual era o emprego que ela escondia?! Espero descobrir tudo isto nas próximas páginas, que tenho a certeza que vou ler muito em breve!

A linguagem é de muito fácil compreensão, muito direta, sem grandes descrições, a história está repleta de ação e, talvez por ser um livro mais pequeno do que os que costumo ler habitualmente, tenho sempre a sensação que o enredo dá reviravoltas impensáveis de uma página para a outra, o que neste caso é bastante positivo porque motiva o leitor e mantém o seu interesse e curiosidade bastante acesos.

Assim termino a primeira impressão da obra que estou a adorar, e comprometo-me a fazer uma apreciação final em breve, com a expectativa de publicar algo surpreendente. 

 

Opinião Pessoal

 

14/12/2011

 

A obra que escolhi para o contrato de leitura no primeiro período do presente ano letivo foi “Hotel Memória”, de João Tordo, da editora Quidnovi, 2º edição. Neste momento já li o livro na totalidade e gostei bastante. Escolhi esta obra porque precisava de a ler de qualquer forma para participar no concurso de leitura, e porque fiquei curiosa quando o professor leu um excerto da mesma na aula.

Pessoalmente, posso afirmar que esta foi uma obra que me agradou muito. É a história de Ismael, um jovem universitário com uma vida bem encaminhada que se apaixona por Kim na faculdade e vive essa paixão intensamente, até que a jovem que amava aparece morta na manhã que sucede a sua primeira noite juntos. Ismael entra assim numa fase negra da sua vida e esquece todos os seus objetivos. O mistério começa quando o jovem é contratado por Samuel, um milionário excêntrico que estivera presente no funeral de Kim, para desempenhar a função de detetive privado e encontrar Daniel da Silva,um fadista português desaparecido há mais de quarenta anos.

Ora, eu que sou uma entusiasta de histórias românticas e de enigmas, não podia deixar de recomendar este livro a todos os leitores, de qualquer idade, já que a obra está repleta de acção, com momentos muito emocionantes, passagens marcantes e que nos fazem refletir sobre a inconstância da vida, o que é sempre muito bom para quem quer que seja.

Confesso que não me identifiquei com nenhuma das personagens da narrativa, o que de certo modo é positivo para mim porque me dá a conhecer outros modos de encarar o mundo, e porque me transmite conhecimentos sobre realidades com as quais nunca lidei no meu quotidiano e que só conheço a partir dos livros que leio, como o sentimento de depressão, de nos perdermos completamente e nos desviarmos de tudo o que nos rodeia. Talvez tivesse sido isto que me prendeu a este livro, a curiosidade em perceber o que pensa e o que sente alguém que leva a sua depressão ao extremo porque passa por uma situação extremamente traumática como aconteceu com Ismael.

No meu ponto de vista, o autor do livro pretende sobretudo que o leitor faça uma análise reflexiva sobre a sua vida. Pelo menos, foi isso que a obra provocou em mim. Fez-me crer que é inevitável  passar por situações terríveis em determinados momentos da nossa vida, e que isso é que nos torna aquilo que somos, e nos mostra que temos forças para enfrentar qualquer coisa.

Para além disso, é claro para mim que existe uma forte crítica social patente na obra, que é visível em determinados momentos como na esquadra da polícia, quando os polícias são os primeiros a fumar, quando é proíbido, e sobretudo quando Ismael perde um olho e alguém na rua lhe dá uma esmola. Para mim, isso mostra como temos tendência para julgar as pessoas pelo seu aspeto.

Mais uma vez reforço o facto de todos os leitores poderem ler esta obra, já que está escrita numa linguagem de fácil compreensão, com muita ação que de certeza vão gostar de ler.